quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Reforma da reforma.


Entre uma denominação histórica (tradicional) e uma neopentecostal, onde me encaixo? Se o modelo antigo, com seu aparelho burocrático e engessado, não funciona mais e a nova proposta de “igreja” vem com um enorme vazio de Palavra e seriedade, o que fazer?

Vejamos o tamanho da crise:

As igrejas de hoje têm inúmeros apóstolos, bispos e reverendos, mas pouquíssimos pastores. A coisa mais difícil é encontrar espaço na agenda do líder para um aconselhamento pastoral, afinal, os inúmeros compromissos com a televisão, rádio e os políticos de plantão não permitem que a ovelha perdida seja socorrida pelo seu “pastor”, principalmente se essa ovelha tiver “pouca lã”.
A liturgia do culto tradicional, sem vida e engessada, mais parece um cerimonial fúnebre onde todos estão mudos na presença de um morto que não ressuscitou.

O neoculto, por sua vez, é dividido em três partes: o louvor, composto de uma repetição sem fim dos chamados “cânticos espirituais”, convida o público a “namorar” Jesus, a sentar no seu colo e sentir seu calor, num estado de quase transe emocional. O ofertório (imenso) é o momento de textos fora do contexto para justificar pedidos de polpudas ofertas com taxa de retorno maior que prometiam o pessoal do “Boi Gordo”, com direito a uso de cartão de crédito e/ou débito. A palavra, sempre voltada a um evangelho triunfalista e reivindicatório que obriga Deus a atender todos os pedidos dos fiéis sob pena da não mais contribuir com o seu “reino aqui na Terra”.

A música é outro ponto que merece destaque. Com o aumento da chamada população evangélica, o mercado de cd’s tornou-se verdadeira mina de dinheiro para um seleto grupo que tem construído verdadeiros impérios financeiros, produzindo música de questionável qualidade técnica, e duvidosa qualidade teológica. Esses grupos têm gravadoras, rádios, empresas de comunicação, editoras, agências de turismo, etc, tudo isso para “explorar” o emergente e ávido mercado dos irmãos.

Também merece atenção o lastimável envolvimento de denominações e de igrejas locais com o sistema político vigente, alguns chegando ao ponto de serem eleitos a fim de representar a Igreja de Cristo junto ao Estado como se o Deus Todo-Poderoso, que rege o universo, dependesse de um senador ou deputado para implantar Seu Reino na Terra.

Entre o “velho” e o “novo” existem ainda aquelas igrejas tradicionais que, com medo do êxodo dos poucos fiéis que lhe restam, tentam imitar as emergentes neopentecostais. Chega a ser ridículo. É como querer jogar tênis com as regras do frescobol. Embora existam semelhanças – duas raquetes, dois jogadores e uma bolinha – o jogo é completamente diferente.

Quanta tristeza e cansaço!

Creio que é chegada a hora da virada (seria uma reforma da reforma?). O velho modelo, gélido e sem vida, definha, enquanto o novo é vazio de conteúdo e coerência. Para onde ir? Parece que o chão da verdadeira Igreja sumiu e muitos estão sem rumo e desiludidos. É claro que, em ambos os lados, existem as exceções. Igrejas sérias que servem a Deus com temor e tremor. Muito pouco num Brasil continental. Por isso mesmo, quero convocar a todos os cristãos espalhados nas mais variadas denominações a uma cruzada de reflexão e ação onde a volta ao verdadeiro e simples evangelho seja o alvo de nossos esforços e orações.

Chega de engano e abuso espiritual. Pare, leia, questione, reflita. E que o Deus Todo Poderoso, Senhor da História e do Universo, tenha misericórdia dos cansados e confusos.
Haja o que houver Jesus Cristo reinara sempre !

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Quero ser diferente em 2012 !



Quero ser diferente em 2012! Quero agir diferente, pois só assim colherei frutos diferentes... Quero me preocupar em aprender a agradar somente a Deus e não aos homens, pq. quando o foco são os homens e erramos sofremos tantas criticas como se os críticos nunca tivessem errado ou nunca errarão e lança palavras que ao invés de ajudaram a se erguer ajudam a pesar algo que já é pesado... Quero que minha atitude seja a de Cristo... não sei quanto tempo isso levará... não sei se ainda tropeçarei pouco ou muito em minhas palavras... mas isso não importa O SANGUE DE JESUS FOI DERRAMADO justamente para pessoas como eu... que pecaram... que erraram... e que ainda estão sujeitos a pecar e errar... quero realmente viver A GRAÇA DE DEUS que além de ser um favor imerecido é também a habilidade de Deus revelado através de vasos de barro como eu em fazer coisas que sozinho eu jamais conseguiria... afinal... como um vaso de barro pode suportar a vida e a presença do DEUS TODO-PODEROSO em si e não quebrar... NENHUM DE NÓS poderia suportar essa magnitude em si senão fosse pela graça... Quero em 2012 viver realmente para Cristo... para minha família... para as novas pessoas que entraram na minha família e crescer em Cristo... quero não falar mal dos meus irmãos e testemunhar de Cristo... quero também não dar mais nenhum ouvido ao que estão falando contra mim e sim dar ouvido as pessoas que estão falando comigo as atitudes que preciso corrigir para crescer... pq. falar mal não produz fruto nenhum, muito pelo contrário, pode ajudar a matar... a correção é no amor... Quero viver a experiência de a cada dia saber que posso decidir todas as coisas segundo o coração de Deus!!! Que em 2012 eu ame mais e seja realmente testemunha de Cristo nesta terra!!! Os erros de 2011 foram perdoados... como disse anteriormente, eu pequei e errei e quero errar muito menos em 2012... ALOOOOO o nome disto é crescimento e é isto que quero!!! Que venha 2012!!! E que Cristo seja o centro!!!


Fausto Madeira.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Crentes de Cristal!






Cuidado, frágil! Olhe atentamente, observe, procure. Na maioria dos crentes você encontrará o aviso alertando para a fragilidade dos mesmos. Nunca viu? Talvez não tenha olhado para a causa, focando apenas os sintomas. Beicinhos, birrinhas, manhazinhas, ciumezinhos, enfim, uma série de sintomas que caracterizam os crentes notadamente melindrosos, sintomas que podem ter a seguinte leitura: Cuidado, frágil!

Lembre do dia em que entrou numa loja de cristais. Lembre dos pais com seus filhos pequenos. As recomendações eram insistentes: Cuidado! Não toque! Não pegue! Cristal é caro! Se cair, quebra! Não chegue perto, cuidado! Quando pequeno, ouvi tudo isso dos meus pais. Agora sou pai, já disse tudo isso para os meus filhos.

Crentes de cristal funcionam exatamente assim. Não se pode tocar, seja com gestos, intenções ou palavras. Por qualquer coisa desistem. A intensidade espiritual dos relacionamentos com toda a carga de verdade, sinceridade, emoção e amadurecimento que se almeja em todo grupo de comunhão, é insuportável para os crentes de cristal, pois diante de uma justa e amorosa exortação eles não crescem, ao contrário, quebram.

Crentes de cristal se sentem intocáveis. Querem ficar expostos na cristaleira, sendo admirados, jamais usados. A lógica dos crentes de cristal diz: Não venha querer corrigir meus filhos, não critique o excesso de vaidade da minha esposa, não censure a altivez do meu marido, somos exemplos, aliás, somos os melhores exemplos, se mexerem com a nossa família esqueçam nossas ofertas, esqueçam da gente, acharemos uma igreja melhor, e ponto.

Que coisa! Tocou, caiu, quebrou. Uma antiga música afirmava: Eu sou como um cristal bonito, que se quebra quando cai. Frágeis todos somos. Mas as políticas do não-me-rele e não-me-toque não se aplicam para os filhos de Deus. O caminho estreito não ilude, é apertado. Os desertos da falta de dinheiro, de saúde, de alegria, de amigos, de horizonte, são desertos pelos quais todos passamos. Caímos, é verdade, mas pela graça dEle não ficamos prostrados. Prateleira adornada por vaidades que nos fazem sentir superiores, não é o nosso lugar. Nosso lugar é lavando pés, distribuindo pão, oferecendo a outra face, caminhando a segunda milha, aguardando com a comunidade dos santos a vinda do Cordeiro.

Na Bíblia, existia uma igreja repleta de crentes de cristal. Se julgavam puros, brilhantes, perfeitos, belos, intocáveis. Jesus, para trazê-los a realidade não economizou nas palavras, com toda ênfase denunciou o que eles pensavam de si mesmos e revelou o que de fato eram: Como dizem: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu. Apocalipse 3.17, nos versículos seguintes Jesus dá um conselho. Meu conselho? Pegue sua Bíblia e saboreie este texto. Seguir o conselho deixado por Cristo terá o poder de transformar cristal em ouro, o metal que resiste as mais duras provas. Que tal? Vamos lá, afinal cristaleira não é o nosso lugar.

Paz!


sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Eu sou um ex-religioso


Enganaram-te sobre Deus. Inventaram um cara que não existe. Isso mesmo! O deus que te ensinaram não existe. Inventaram um cara que só mentiu para você, te maltratou, tentou se vender por dinheiro, por milagres, e ainda por cima é um tirano, esperando pra te massacrar a qualquer falha sua. Tenho uma novidade pra você: Não há quaisquer vestígios sobre a existência desse deus que a religião te ensinou.
Você não conheceu Deus. Porque você acha que Deus está lá no céu longe e não está na esquina da sua casa se prostituindo por um simples prato de comida.
Você não conheceu Deus. Porque acha que seu esforço para chegar à Ele depende das coisas moralmente boas que faz, e se ilude evitando e ignorando o constrangimento natural diante de um mundo injusto de fome, de guerra, de miséria que você não quer enxergar por capricho particular.
Você não conheceu Deus. Porque sua consciência pesa quando não cumpre uma obrigação da sua agenda religiosa e chega ao ponto de se punir, e ignora que não é ir à igreja que te faz ser santo, mas ter uma vida independente da sua vontade que te levará a caminhos bons.
Você não conheceu Deus. Porque o peso da sua religião acaba em orgulho próprio ou desespero de não ter alcançado alguma meta, e esquece que a vida cristã íntegra trata-se da humildade no anonimato e da certeza que as obrigações te escravizam, mas o prazer em fazê-las te traz alivio.
Você não conheceu Deus. Porque se acha um privilegiado quando vê outras pessoas em situações de vício, de enfermidade, de todo tipo de desgraça e não tem coragem de se comparar a ela porque se acha melhor e não consegue explicar pra ela que tudo na vida tem explicação, e que existe uma Soberania fora do entendimento.
Você não conhece Deus. Porque acha que sua religião é a melhor de todas e esquece-se de mensurar que há grandes homens e grandes obras que vieram de outra cultura não cristã, menosprezando que Deus pode usar o que quiser para levar sua mensagem, até pessoas horríveis.
Por fim, você não conheceu Deus. Porque finge que não entendeu que esse texto trata de você e de mim, e ao terminar de ler vai voltar para uma vida medíocre algemado a sua religião que lhe diz que você é uma grande pessoa, santa, justa, correta, que vai te sugerir que tudo que eu queria com esse texto era te provocar e que não há mensagem aqui, então, você vai voltar para sua vida onde seu hobby é se enganar sobre seu caráter naturalmente podre, solitário, sujo e viver uma viver cheia de mentiras que gosta de acreditar.
Reconheço aqui, que não sou quem eu queria ser, mas independente disso, Cristo morreu por mim. Deus se esvaziou de si e concentrou numa morte voluntária do seu Filho Jesus um amor que é inatingível por mim, inimitável, um amor sobrenatural que já me fez reconhecer que sou nada, mas que mesmo o nada pode fazer muito.
Reconheço que minha religião só me colocou máscaras, tapou meus olhos para as verdades cruéis. Tornou-me um arrogante que julga, separando as pessoas em “boas” e “más”. Me fez ser indiferente e preconceituoso quando alguém só queria meu carinho, me disse que eu poderia conseguir o que quisesse com um deus de barganha, que quando eu não conseguia algo era porque Ele estava me punindo, porque eu não merecia, ou porque minha fé que era pouca, mas percebo hoje que tudo isso é mentira, fruto de uma religião escravizadora.
 A religião me fez esquecer que Cristo era provocativo, irônico, ousado, satírico, revolucionário, um justiceiro social, uma figura simples, e que quando estava de frente com a religião, era taxativo em ir contra ela. A religião arrancou-me da memória que o foco da obra do Filho de Deus era em pessoas e não em templos. Ela me fez cansar de querer ser aceito por Ele, me fez caminhar por caminhos que acabavam em morte. Fez-me parar de perceber as angústias alheias, e focar em mim.
Eu detesto qualquer religião, mas amo um Deus que me dá segunda chance todos os dias da minha vida e me perdoa previamente, colocando em mim um constrangimento, para que eu me arrependa e saiba do meu erro. Sobretudo, amo o Deus que me ensina que sou mesmo uma casa precisando de obras e não uma construção perfeita.
Embora às vezes me pego querendo voltar às origens, reconheço que sou um ex-religioso, que andava por minhas próprias leis morais e éticas negociando prejuízos. Agora, entrego meu futuro a um Deus que não faz a minha vontade, mas a Dele, que não é fiel a mim, mas a Ele mesmo. Jesus me curou dos sintomas da religião e das feridas que os religiosos fanáticos fizeram em mim.
Então… por que você não se rende e tenta ?