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Por Hermes C. Fernandes
Definitivamente, somos salvos pelo Amor. Epa! Seria esta afirmação uma heresia? Afinal, não somos salvos pela Graça somente?
Antes que me tachem de herege, permitam-me expor as justificativas a esta afirmativa.
Salvação é um assunto vastíssimo. Várias questões devem ser consideradas antes de chegarmos a uma conclusão.
A primeira delas é: De quê somos salvos?
Há várias respostas possíveis, e todas estão relacionadas entre si. Mas a que resume todas é: Somos salvos de nós mesmos.
Deixamos de viver centrados em nosso próprio umbigo, para viver para Deus e para o semelhante. O resultado de uma vida auto-centrada é a ira justa de Deus. Por isso, é certo afirmar que somos salvos da ira de Deus. O combustível que alimenta as chamas do inferno é o egoísmo humano. Portanto, também é certo dizer que somos salvos do inferno. O fundamento sobre o qual os sistemas do mundo estão alicerçados é o amor próprio. Logo, também é certo dizer que somos salvos do mundo e de suas paixões.
As Escrituras falam por si:
“Pois é pela GRAÇA que sois salvos, por meio da fé – e isto não vem de vós, é dom de Deus – não de obras, para que ninguém se glorie” (Ef.2:8-9).
Não haveria outro meio eficiente para salvar-nos de nós mesmos, senão a Graça. Se fosse possível sermos salvos pelas obras, por exemplo, nosso orgulho se retroalimentaria, e continuaríamos cativos de nosso eu.
Mas qual é a fonte desta GRAÇA? O que faz com que Deus Se importe com gente como nós, pecadores inveterados, cheios de defeitos, dignos de sua ira santa? A resposta está bem debaixo do nosso nariz. Trata-se da mais conhecida passagem bíblica:
“Porque Deus AMOU o mundo de tal maneira, que deu o seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo.3:16).
Portanto, a fonte de toda graça é o AMOR. O sacrifício feito na Cruz é a mais contundente prova do amor de Deus pela humanidade. Veja o que Paulo diz sobre isso:
“Mas Deus prova o seu AMOR para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm.5:8).
Não consigo entender como há gente capaz de pedir prova do amor de Deus. Não há mais nada pra se provar. Independente das lutas que tenhamos nesta vida, o amor de Deus por nós já está mais do que provado.
Sem amor, jamais haveria salvação. A graça nada mais é do que o amor de Deus em operação.
Permitam-me uma analogia: a graça é o rio de Deus fluindo por entre os homens. O amor é a fonte de onde suas águas jorram. E a fé é o canal, a calha, por onde essas águas fluem. A fé abre o caminho para que as águas do rio de Deus deságüem em nosso ser. Porém, esta fé, que também é dom de Deus, é operada pelo amor. Veja o que Paulo diz sobre isso:
“O que importa é a fé que opera pelo amor” (Gl.5:6a).
A fé dada por Deus não se articula sozinha. Sem amor, a fé seria como o leito de um rio seco.
Daí a ênfase dada por Paulo: “...ainda que eu tivesse toda a fé, de maneira que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria” (1 Co.13:2b).
Ademais, se somos salvos por Deus, logo, somos salvos pelo Amor, porque DEUS É AMOR!
E é este amor que desloca o eixo de nossa existência, fazendo com que deixemos de viver para nós mesmos. No dizer de Paulo, “o amor de Cristo nos constrange (...) Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si...” (2 Co.5:14a-15a).
Por Hermes C. Fernandes
Definitivamente, somos salvos pelo Amor. Epa! Seria esta afirmação uma heresia? Afinal, não somos salvos pela Graça somente?
Antes que me tachem de herege, permitam-me expor as justificativas a esta afirmativa.
Salvação é um assunto vastíssimo. Várias questões devem ser consideradas antes de chegarmos a uma conclusão.
A primeira delas é: De quê somos salvos?
Há várias respostas possíveis, e todas estão relacionadas entre si. Mas a que resume todas é: Somos salvos de nós mesmos.
Deixamos de viver centrados em nosso próprio umbigo, para viver para Deus e para o semelhante. O resultado de uma vida auto-centrada é a ira justa de Deus. Por isso, é certo afirmar que somos salvos da ira de Deus. O combustível que alimenta as chamas do inferno é o egoísmo humano. Portanto, também é certo dizer que somos salvos do inferno. O fundamento sobre o qual os sistemas do mundo estão alicerçados é o amor próprio. Logo, também é certo dizer que somos salvos do mundo e de suas paixões.
A segunda questão igualmente importante é: Por qual meio somos salvos?
As Escrituras falam por si:
“Pois é pela GRAÇA que sois salvos, por meio da fé – e isto não vem de vós, é dom de Deus – não de obras, para que ninguém se glorie” (Ef.2:8-9).
Não haveria outro meio eficiente para salvar-nos de nós mesmos, senão a Graça. Se fosse possível sermos salvos pelas obras, por exemplo, nosso orgulho se retroalimentaria, e continuaríamos cativos de nosso eu.
Mas qual é a fonte desta GRAÇA? O que faz com que Deus Se importe com gente como nós, pecadores inveterados, cheios de defeitos, dignos de sua ira santa? A resposta está bem debaixo do nosso nariz. Trata-se da mais conhecida passagem bíblica:
“Porque Deus AMOU o mundo de tal maneira, que deu o seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo.3:16).
Portanto, a fonte de toda graça é o AMOR. O sacrifício feito na Cruz é a mais contundente prova do amor de Deus pela humanidade. Veja o que Paulo diz sobre isso:
“Mas Deus prova o seu AMOR para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm.5:8).
Não consigo entender como há gente capaz de pedir prova do amor de Deus. Não há mais nada pra se provar. Independente das lutas que tenhamos nesta vida, o amor de Deus por nós já está mais do que provado.
Sem amor, jamais haveria salvação. A graça nada mais é do que o amor de Deus em operação.
Permitam-me uma analogia: a graça é o rio de Deus fluindo por entre os homens. O amor é a fonte de onde suas águas jorram. E a fé é o canal, a calha, por onde essas águas fluem. A fé abre o caminho para que as águas do rio de Deus deságüem em nosso ser. Porém, esta fé, que também é dom de Deus, é operada pelo amor. Veja o que Paulo diz sobre isso:
“O que importa é a fé que opera pelo amor” (Gl.5:6a).
A fé dada por Deus não se articula sozinha. Sem amor, a fé seria como o leito de um rio seco.
Daí a ênfase dada por Paulo: “...ainda que eu tivesse toda a fé, de maneira que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria” (1 Co.13:2b).
Não se trata de uma fé espetaculosa, preocupada em afirmar-se. Mas de uma fé gentil e gesticulosa, que se apóia no amor ao próximo. Se tiver que remover uma montanha, será para abrir caminho para que outros passem. Uma fé que se revela mais em pequenos gestos de amor do que em grandes demonstrações de poder.
Ademais, se somos salvos por Deus, logo, somos salvos pelo Amor, porque DEUS É AMOR!
E é este amor que desloca o eixo de nossa existência, fazendo com que deixemos de viver para nós mesmos. No dizer de Paulo, “o amor de Cristo nos constrange (...) Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si...” (2 Co.5:14a-15a).
E finalmente, a última questão com que nos deparamos é: Pra quê somos salvos?
Para revelar ao mundo o amor de Deus através de nossas obras. A mesma passagem que diz que somos salvos pela graça, independente das obras, também diz que fomos "criados em Cristo Jesus para as boas obras" (Ef.2:10).
As obras não são a causa de nossa salvação, mas o resultado dela. Esta graça em nós operada deve resultar em AÇÕES de graça.
Quem quer que se atreva a declarar que está salvo, porém não age como tal, engana-se a si mesmo, e continua igualmente perdido. João arremata:
"Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos. Quem não ama permanece na morte (...) Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós. E devemos dar a nossa vida pelos irmãos" (1 Jo.3:14,16).
Afirmar que é salvo não é suficiente para comprovar nada. Salvação que não resulte em amor é como achar que mergulhou num rio, e saiu de lá seco, porque o rio não passava de uma miragem no deserto.
Assentimento intelectual não basta. Passar por um ritual batismal, idem. É necessário que sejamos batizados no AMOR.
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