terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Um Manifesto por JESUS


 


 Os cristãos fizeram do evangelho tantas coisas... tantas coisas além de Cristo.

Jesus Cristo é o ponto gravitacional que une todas as coisas e dá a elas significado, realidade e sentido. Sem ele, todas as coisas perdem seu valor. Sem ele, todas as coisas são nada, nada além de pedaços deslocados flutuando ao redor do espaço.

É até possível considerar uma verdade espiritual, valor, virtude ou dom, ainda que se esqueça a Cristo... que é a personificação e encarnação de toda verdade espiritual, valor, virtudes ou dons.

Busque uma verdade, um valor, virtude ou um dom espiritual em si mesmo, e você vai encontrar algo morto.

Busque a Jesus, abrace a Jesus, conheça a Jesus, e você terá chegado a ele que é Vida. E nele reside toda Verdade, Valores, Virtudes e Dons em cores vivas. Beleza que tem significado na beleza de Cristo, em quem encontramos tudo que nos faz amorosos e amáveis.

O que é o Cristianismo? É Jesus. Nada mais, nada menos. Cristianismo não é uma ideologia. Cristianismo não é uma filosofia. Cristianismo são as “boas novas” de que Beleza, Verdade e Bondade são encontradas em uma pessoa. A comunidade bíblica foi fundada e é encontrada na conexão com esta pessoa. Conversão é mais do que mudança na direção; é uma mudança na conexão. O uso de Jesus da palavra Hebraica shubh, ou no seu equivalente Aramaico, que chamamos de “arrependimento” não implica em ver Deus de uma distância, mas entrar em um relacionamento em que Deus é o comando central da conexão humana.

A esse respeito, nós sentimos uma desconexão enorme na igreja hoje. Para isso é esse manifesto.

Nós cremos que a maior doença da Igreja hoje é DDJ: Distúrbio da Deficiência de Jesus. A pessoa de Jesus tem se tornado cada vez mais politicamente incorreta, mas tem sido também substituída pela linguagem da “justiça”, “reino de Deus”, “valores” e “princípios de liderança”.

Nessa hora, o testemunho a que sentimos a que Deus nos chama é de levantar centros da primazia do Senhor Jesus Cristo. Especificamente...

1 – O centro e circunferência da vida Cristã é nada mais do que a pessoa de Cristo. Todas as outras coisas, incluindo coisas relacionadas a ele e sobre ele, são obscurecidas pelo sinal da sua importância sem par. Conhecer Jesus é Vida Eterna. E conhecer a ele profundamente, densamente e em realidade, assim como experimentar das suas inescrutáveis riquezas, é a maior busca de nossas vidas, assim como o foi para os primeiros Cristãos. A intenção de Deus não tinha tanto a ver em consertar coisas que estavam erradas nas nossas vidas, mas sim, nos encontrar em nossa fragmentação e nos dar Jesus.

2 – Jesus Cristo não pode ser separado de seus ensinamentos. Aristóteles disse a seus discípulos, “Sigam meus ensinamentos”. Sócrates disse a seus discípulos, “Sigam meus ensinamentos”. Buda disse a seus discípulos, “Sigam minhas reflexões”. Confúcio disse a seus discípulos “Sigam o que disse”. Maomé disse a seus discípulos, “Sigam meus pilares”. Jesus disse a seus discípulos, “Sigam-me”. Em todas as outras religiões, um seguidor pode seguir os ensinamentos de seu fundador sem ter nenhum relacionamento com seu fundador. Isso não acontece com Jesus Cristo. Os ensinos de Jesus não podem ser separados da pessoa de Jesus. Jesus Cristo está vivo e ele personifica seus ensinamentos. É um equívoco muito grande , então, tratar Cristo como simplesmente um fundador com uma série de ensinamentos morais, éticos ou sociais. O Senhor Jesus e seus ensinamentos são um. O Meio e a Mensagem são um. Cristo é a encarnação do Reino de Deus e do Sermão do monte.

3 – A grande missão de Deus e seu propósito eterno na terra e no céu converge em Cristo... tanto o Cristo individual (a cabeça) como o Cristo corporativo (o corpo). Esse universo se move para um objetivo final – a plenitude de Cristo, onde Ele irá preencher todas as coisas com ele. Ser realmente missional, então, significa construir uma vida e seu ministério em Cristo. Ele é tanto o coração como o sangue do plano de Deus. Perder isso é perder o eixo, e com certeza, é perder tudo.

4 – Ser um seguidor de Jesus não envolve tanta imitação tanto quanto envolve implantação e imparcialização. Encarnação – a noção de que Deus conecta a nós na forma de um nenê e no toque humano – é a doutrina mais chocante da religião Cristã. A encarnação tanto aconteceu de uma vez por todas quanto o está em andamento agora, assim que Ele “que foi e que há de vir” agora é e vive sua vida ressurreta em nós e através de nós. Encarnação não se aplica somente a Jesus; se aplica a cada um de nós. Lógico, não da mesma forma sacramental. Mas próximo. A nós foi dado o Espírito de Deus que faz Cristo real em nossas vidas. Nós formos feitos, como Pedro colocou, “participantes da natureza divina”. Como, então, diante de uma tão grande verdade, podemos pedir por brinquedos e doces? Como podemos nos perder por dons tão inferiores e clamar por coisas tão religiosas e espirituais? Nós fomos tocados do alto pelo fogo do Todo Poderoso com fogo divino. A vida que venceu a morte – a vida ressurreta do Filho de Deus. Como não podemos ser atingidos também?

Para colocar uma questão: Qual foi o motor, ou o acelerador da vida maravilhosa de Deus? Qual foi o ramo principal desse comportamento externo? Foi isso: Jesus viveu a presença de seu Pai. Depois de sua ressurreição, este processo se moveu. O que Deus o Pai era para Jesus Cristo, Jesus Cristo agora o é para você e para mim. Ele é essa presença maravilhosa, e nós compartilhamos a vida de Jesus e seu próprio relacionamento com o Pai. Há um vasto oceano de diferença entre mandar os cristãos imitar a Jesus e aprender como encarnar um Cristo implantado. O primeiro termina em uma completa frustração. O último é o caminho para vida e alegria no nosso dia a dia e na nossa morte. Nós ficamos como Paulo: “Cristo vive em mim”. Nossa vida é Cristo. Nele vivemos, respiramos e somos. “O que Jesus faria?” não é Cristianismo. O Cristianismo pergunta: “O que Jesus está fazendo através de mim... e através de nós? E como Jesus está fazendo isso?” Seguir Jesus significa “Confie e obedeça” (responda), e viva sua presença pelo poder do Espírito.

5 – O “Jesus da história” não pode ser desconectado do “Jesus da fé”. O Jesus que andou pelas partes da Galiléia é a mesma pessoa que habita a igreja hoje. Não deve haver desconexão entre o Jesus do evangelho de Marcos com o incrível, todo-inclusivo Cristo cósmico que Paulo descreveu na carta aos Colossenses. O Cristo que viveu no primeiro século existia antes da história. Ele também tem uma existência depois da história. Ele é o Alfa e o ômega, Princípio e fim, A e Z, tudo ao mesmo tempo. Ele habita no futuro e no fim dos tempos ao mesmo tempo que ele habita em cada filho de Deus. A falha em abraçar essa verdade paradoxal tem criado problemas enormes e tem diminuído a grandeza de Cristo aos olhos do povo de Deus.

6- É possível confundir “a causa” de Jesus Cristo com sua própria pessoa. Quando a primeira igreja falava “Jesus é o Senhor” , isso não significava “Jesus é o meu valor principal”. Jesus não é uma causa; ele é real e uma pessoa viva que pode ser conhecida, amada, experimentada, entronizada e personificada. Focar em sua causa ou missão não é igual a focá-lo ou segui-lo. É muito possível servir “o deus” do serviço de Jesus em oposição a servi-lo com coração arrebatado que foi cativo por sua irresistível beleza e incompreensível amor. Jesus nos leva a pensar em Deus de forma diferente, como relacionamento, como o Deus de todo relacionamento.

7- Jesus Cristo não foi um mero ativista social ou filósofo moral. Considerá-lo dessa forma é tirar sua glória e diluir sua excelência. Justiça fora de Cristo é uma coisa morta. O único golpe que pode perturbar os portões do inferno não é o grito de Justiça, mas o nome de Jesus. Jesus Cristo é a personificação da Justiça, Paz, Santidade e Retidão. Ele é a soma de todas as coisas espirituais, o “atractor estranho” do cosmos. Quando Jesus se torna uma abstração, a fé perde seu poder reprodutor. Jesus não veio para tornar pessoas más boas. Ele veio para tornar pessoas mortas vivas.

8 – É possível confundir um conhecimento acadêmico ou teológico sobre Jesus com um conhecimento pessoal do próprio Cristo vivo. Os dois estão tão distantes um do outro quanto centenas de milhões de galáxias. A plenitude de Cristo não pode ser alcançada somente pelo lóbulo frontal. A fé cristã clama pela racionalidade, mas busca também alcançar os maiores mistérios. A cura para um grande cérebro é um grande coração.

Jesus não equipou seus discípulos com fichários de teologia sistemática. Ele deixou a seus discípulos corpo e respiração.

Jesus não deixou seus discípulos um sistema de fé bastante claro e coerente para que eles amem a Deus e aos outros. Jesus deu a seus discípulos feridas para tocar e mãos para curar.

Jesus não deixou a seus discípulos uma crença intelectual ou uma cosmovisão cristã. Ele deixou seus discípulos com uma fé relacional.

Cristãos não
seguem um livro. Cristãos seguem uma pessoa, e a essa biblioteca de livros divinamente inspirados, nós chamamos “A Bíblia Sagrada” como a melhor ajuda para seguir esta pessoa. A Palavra Escrita é um mapa que nos leva a seguir a Palavra Viva. Ou como Jesus mesmo colocou, “Toda a Escritura testifica de mim”. A Bíblia não é o destino, é uma bússola que aponta para Cristo, Nossa Estrela do Norte do céu.

A Bíblia não apresenta um plano para viver. As “boas novas” não são um conjunto de leis, ou um conjunto de inferências éticas, ou um novo e melhor PLANO. As “boas novas” são a história da vida de uma pessoa , como refletida no credo apostólico. O Mistério da Fé proclama esta narrativa: “Cristo morreu, ressuscitou e voltará”. O significado do Cristianismo não vem da concordância de uma série de doutrinas teológicas complexas, mas um amor apaixonado por um modo de vida na Terra que se resume a seguir a Jesus, que fala que amor é o que faz da vida um sucesso... não riquezas, saúde ou qualquer outra coisa: mas amor. E Deus é amor.

9 – Só Jesus pode consertar e preencher o vazio no coração da igreja. Jesus Cristo não pode ser separado de sua igreja. Enquanto Jesus é distinto de sua Noiva, ele não está separado dela. Ela é de fato seu próprio corpo na terra. Deus escolheu para vesti-la de todo poder, autoridade e vida no Cristo vivo. E Deus em Cristo só é conhecido plenamente através de sua igreja (Como Paulo disse, “A multiforme sabedoria de Deus – o qual é Cristo – que é conhecido através da “ekklesia”)

A vida cristã, então, não é uma busca individual. É uma jornada coletiva. Conhecer Cristo e fazê-lo conhecido não é um projeto individual. Aqueles que insistem em um vôo solo de vida será trazido à terra através de uma terrível queda. Pois Cristo e sua igreja são intimamente unidos e conectados. O que Deus uniu, que nenhuma pessoa separe. Nós fomos criados para vida com Deus; nossa única felicidade é encontrada na vida com Deus. E o próprio prazer de Deus e deleite é encontrado dessa mesma forma.

10 – Em um mundo que canta “Quem é esse Jesus?” e uma igreja que canta “Oh, vamos ser todos iguais a Jesus”, nós vamos cantar a plenos pulmões, “Oh, como amamos Jesus!”

Se Jesus se levantou dos mortos, nós temos que no mínimo nos levantar de nossas camas, de nossos bancos e sofás e responder à vida ressurreta do Senhor em nós, nos juntando à Jesus àquilo que ele se importa nesse mundo. Nós chamamos a outros para se juntar a nós – não nos retirando do planeta Terra, mas plantando firmes nossos pés neste planeta enquanto nosso espírito se eleva até os céus, até aquilo que agrada a Deus e que o encontra em seu propósito. Nós não somos deste mundo, mas nós vivemos neste mundo para os direitos e interesses do Senhor. Nós, coletivamente, como ekklesia de Deus, somos Cristo neste e para este mundo.

Que Deus encontre pessoas aqui na terra que sejam pessoas de Cristo, em Cristo e para Cristo. Um pessoal da cruz. Um pessoal consumido com a eterna paixão de Deus, o qual existe para a preeminência de seu filho, para sua supremacia e para que ele esteja à frente de todas as coisas visíveis e invisíveis. Um pessoal que tenha descoberto o toque do Todo Poderoso na face de seu glorioso filho. Um pessoal que queira conhecer somente a Cristo e ele crucificado, e deixe todas as outras coisas caiam de lado. Um pessoal que está desvendando sua profundidade, descobrindo sua riqueza, tocando sua vida e recebendo seu amor e fazendo a ELE em toda a sua insondável glória conhecido a outros.

Nós dois podemos discordar a respeito de muitas coisas – sejam elas eclesiologia, escatologia, soteriologia, isso sem mencionar economia, globalização e política.

Mas em nossos dois últimos livros – From Eternity to Here (Da eternidade para cá) e So Beautiful (Tão lindo) nós temos tocado trombetas unísonas. Esses livros são Manifestos desse manifesto. Cada um deles apresenta a visão que capturou nossos corações e que gostaríamos que fossem partes integrantes do Corpo de Cristo – esta “UMA COISA eu sei” (João 9:25) esta é a UMA COISA que une a todos nós:

Jesus o Cristo.

Cristãos não seguem o Cristianismo, Cristãos seguem Cristo.
Cristãos não pregam a si mesmos, Cristãos proclamam Cristo.
Cristãos não apontam para uma base de valores, Cristãos apontam para cruz.
Cristãos não pregam sobre Cristo, Cristãos pregam Cristo.
Há 300 anos atrás, um pastor alemão escreveu um hino ao redor do Nome acima de todos os nomes:

Perguntai que grande coisa eu sei
que me delicia e me comove tanto?
Que grande prêmio eu recebi?
Em qual nome me glorio?
Jesus Cristo, o crucificado.

Esta é a grande coisa que eu sei
que me delicia e me comove tanto:
fé naquele que morreu para salvar
Naquele que triunfou sobre o túmulo:
Jesus Cristo, o crucificado


---
Jesus Cristo – o crucificado, ressurreto, entronizado, triunfante e vivo Senhor.
Ele é nossa busca, nossa paixão, nossa vida.
Amém.

Por Leonard Sweet e Frank Viola (tradução livre por Luís F. Batista) (Via dLIVEr Blog)


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Como aproveitar a Bíblia...

 

 Jeremias 15.16, que diz: “Quando as tuas palavras foram encontradas, eu as comi; elas são a minha alegria e o meu júbilo, pois pertenço a ti Senhor Deus dos Exércitos”. A Escritura está para a alma como a comida está para os nossos corpos. Aqui estão cinco coisas que você precisa fazer se você quer se alimentar da Palavra de Deus e alimentar sua alma.

Leia

Se você pega a Bíblia, e a mede, mas não a lê, bem, que desperdício. Então a abra e comece a ler. Você talvez diga “Cara, ela tem centenas de páginas. Por onde eu começo?”. Eu ouço isso com tanta freqüência que decidi dar uma olhada nas minhas Bíblias. Elas têm em média 1400 páginas. Então pense nela como dois grandes livros ou quatro ou cinco livros de tamanho normal. Estudos indicam que são necessárias por volta de 70 horas para ler a Bíblia inteira em voz alta. A maioria das pessoas lê mais rápido que isso, mas a Bíblia não é um livro que você vai querer ler rapidamente, de qualquer forma. É mais ou menos como aquela sua sobremesa preferia – pegue um ou dois pedaços e abaixe a colher – uma boa maneira de ter certeza que você está entendendo a grandeza do que está lendo. Se você ler 12 minutos por dia, ou uma hora e meia por semana, você não terá problemas para ler toda a Bíblia em um ano, e você será tão abençoado que vai querer começar de novo no ano seguinte. Ler a Bíblia não é algo que intimida tanto quanto as pessoas fazem parecer.

Quanto a por onde começar, eu sempre recomendo que as pessoas comecem com o Evangelho de João, o quarto testemunho ocular da vida de Jesus. Enquanto você estiver lendo atentamente esse evangelho, pare e sublinhe a palavra crer toda vez que ela aparecer e se pergunte: Crer em que? Ou em quem? Agora vá para as cartas de João (1, 2 e 3 João). Agora leia outro evangelho. Isso te manterá ocupado por um tempo. Faça uma oração curta antes de começar a ler. Peça ao Senhor que abra sua mente e seu coração para Sua verdade e creia que ele irá fazê-lo. E não se deite para ler a Bíblia. Ela não é uma revista ou um romance qualquer. Lembre-se, é a Palavra de Deus, e se você respeitá-la devidamente, ela ira “abalar suas estruturas”, de uma forma incrível. Se você mantiver uma postura séria, você alcançará sérios resultados. Leia. Sugiro que você gaste pelo menos 15 minutos para ler dois ou três capítulos de uma vez.

Aqui está outra coisa. Não leia:

Questione

Vou sugerir algumas perguntas, e com o tempo, você pensará em outras perguntas por si só.

1.                   “Qual parte do que eu li chamou a minha atenção?”
Você vai ler dois ou três capítulos e com certeza vai gostar mais de algumas partes específicas. Vá até essas partes e faça as seguintes perguntas.

2.                   “Porque essa parte chamou a minha atenção?”
O que tem aqui que me atraiu? Para ajudar a responder essa pergunta, faça essas outras perguntas.

3.                   “Há algum exemplo a ser seguido?”
Eu não saberia dizer quantas vezes a Palavra de Deus impactou minha vida ao dizer simplesmente essas palavras: “Há algum exemplo a ser seguido?”. Então de repente é como se – BUM! Quase que salta da página: “James, você deveria ser assim!”. Eu amo quando a Palavra de Deus fala comigo dessa forma e me chama a ser mais parecido com o que Deus espera.

4.                   “Há algum erro a ser evitado?”
É muito confortante saber que se eu caminhei na direção errada sem saber, ou tomei uma decisão equivocada, a Palavra de Deus pode me revelar isso. É fácil reconhecer os erros de outra pessoal, mas é muito difícil reconhecer nossos próprios erros. É aqui que a Palavra de Deus se torna um espelho. Há algum erro que eu possa evitar?

5.                   “Há algum mandamento para seguir?”
Há alguma ação que a Palavra de Deus me chame para tomar? Há algo importante que eu estou negligenciando em minha casa, meu trabalho ou na minha vida pessoal? Se for o caso, eu quero saber o que é e como eu posso consertar. A Palavra de Deus várias vezes nos revela mandamentos a serem seguidos.

6.                   “Há alguma promessa para mim?”
Muitas vezes a Palavra de Deus traz forças e encorajamento. Conforme você estuda a Bíblia, você vê o Senhor se comprometendo a certas coisas ou a agir de certa forma. E conforme você enxerga essas promessas, você chega à conclusão “Sim, Deus! Tu és assim, e prometeu ser assim pelo resto da minha vida, e eu confio em Ti”. Seu coração se enche de alegria quando você aprende e relembra as promessas de Deus.

7.                   “Há algum pecado a ser confessado?”
Eu imagino que isso seja óbvio, de certa forma. Você não vai precisar ler muito da Bíblia para encontrar passagens que te revelam os “erros de seus caminhos”. Mas uma das promessas que te ajudam com isso é a de 1 João 1.9, que diz: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça”.

Agora que você começou a questionar a Palavra de Deus, você está pronto para a terceira coisa.

Planeje

Isso é absolutamente essencial se você pretende aproveitar a Bíblia tanto quanto puder pelo resto de sua vida. Faça um plano de ação em relação a como você vai por em prática o que está aprendendo. Tenha um caderno aberto ao lado da Bíblia e anote algumas coisas. Escreva alguns pensamentos nas margens das páginas da Bíblia. Quando, pela Palavra, você se ver culpado de ira, mentira ou egoísmo, tenha uma estratégia para lidar com esses pecados. Faça um plano específico e mensurável. Os resultados que você começará a ver te surpreenderão. Leia. Questione. Planeje.

Ore

Muitas vezes as pessoas não têm certeza do que dizer em suas orações. Quando você ora as verdades da própria Palavra de Deus, você tem a confiança de estar orando o que Deus espera. Você também tem a confiança de que Deus vai responder o que você está pedindo se a direção realmente vem da Sua Palavra. É isso que significa orar de acordo com a vontade de Deus. Como eu gostaria de ter lido um livro tão específico e prático assim, 20 anos atrás. Teria me ajudado imensamente. Ao invés disso, eu bati minha cabeça contra a parede por um bom tempo antes de descobrir tudo isso. De qualquer forma, pelo menos você pode aprender com os meus erros. Há poder em orar a Palavra de Deus. Quando você abre em uma passagem e diz “Deus, tu és assim, e prometeu ser assim para sempre” – Uau! Então leia. Questione. Planeje. Ore.

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Quando você aprende alguma coisa da Palavra de Deus, você deve compartilhar com outra pessoa. Tome algum tempo para falar sobre algo de seu estudo com alguém. Hebreus 10.24 instrui que “consideremos uns aos outros para nos incentivarmos ao amor e às boas obras”. É isso que acontece quando você compartilha o que tem recebido da Palavra de Deus. Pessoas que me vêem pregando e vêem meu entusiasmo pensam “Cara, aquele homem realmente ama pregar.” Mas isso não é verdade. Eu não me importo muito com a pregação – não como um fim em si mesmo. O que me leva a pregar é ouvir sobre a diferença que a Palavra de Deus proporciona na vida das pessoas. Se eu levantasse todo Domingo e pregasse sabendo que ninguém iria se interessar em aplicar em suas vidas, eu nem me daria ao trabalho. Essa é a verdade. A razão pela qual nós compartilhamos a Palavra de Deus não está em nós; está nos outros. Então, como conseqüência, somos incrivelmente abençoados por ver o Deus Todo poderoso nos usando.

A Escritura diz em Isaías 40.8 “A relva murcha, e as flores caem, mas a palavra de nosso Deus permanece para sempre.” Um dia, quando sua televisão, seu carro e sua casa não passarem de lixo e sucata, a verdade desse Livro ainda está viva. Vamos investir na única coisa que permanecerá. Quero dizer mais uma vez: Deus escreveu um Livro. Que Ele nos perdoe de não fazer o melhor uso possível desse Livro em nossas vidas!



segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Perto de Deus




Do que adianta ‘cumprir’ com os mandamentos de Deus e estar longe Dele? Um homem tinha muitos recursos financeiros, obedecia aos mandamentos, mas mesmo assim havia uma distância entre ele e Deus (Mc. 10.17). O que nos impede de ter um relacionamento próximo, íntimo com Jesus? Dinheiro, pessoas, posi...ção, coisas?

O que conta não é o que fazemos para Deus e sim o que permitimos que Deus faça em nós e, conseqüentemente, por meio de nós. Não há ninguém que abra mão daquilo que mais goste ou ame que não seja recompensado por Deus nesse mundo e no porvir, muito mais do que aquilo que abdicou. Falamos tanto de uma vida de renúncia, mas esquecemos que Deus é Deus de recompensas!

Olharemos então para as recompensas? Não. Confiaremos no caráter de um Deus que não está interessado naquilo que o homem pode lhe dar ou fazer em seu nome, mas em andar junto, perto, ter um relacionamento pessoal e íntimo, sem ter nada ou ninguém no meio atrapalhando.

Deus é Deus que troca ídolos por presentes? Não. Ele é abençoador daqueles que se achegam a Ele, mas conhece os que estão interessados apenas em Suas dádivas e os que o buscam de todo o coração. Qual a diferença? Os que são inteiros na presença do Senhor não se desfalecem em meio ao fogo, e, ainda que provados, suportam, e não abrem mão desse relacionamento, seja no fogo, seja em meio à bonança!

O que está no meio entre você e Deus que não deixa espaço para Jesus intermediar essa relação? Tudo aquilo que se coloca como mediador entre nós e Deus, que não seja Jesus, acaba se tornando um ídolo. Ídolo não é somente aquilo que toma o lugar de Deus na nossa vida, mas, sutilmente, o que faz a ponte entre o ser humano e Deus, que não seja Jesus.

Os ídolos sugerem a idéia falsa de uma gestação que no fim leva o seu ‘amante’ à morte. Os ídolos até ‘prometem’ fertilidade e deleites, mas devoram tudo o que geram. São erguidos por homens, não se sustentam por si mesmo! Se o dinheiro for um ídolo, por exemplo, ele irá devorar tudo o que ele mesmo proporciona.

Qual então será o fruto de um relacionamento verdadeiro e íntimo com Deus, por meio de Jesus? O fruto será de vida, tanto dentro da pessoa quanto fora, porque essa é a semente de Deus. Deus gera vida, a sua própria vida! Pessoas semelhantes a Ele, em essência e em atitudes. O Senhor anseia pela nossa presença, muito mais do que ansiamos pela presença Dele! Filhos com o coração totalmente rendidos!

 

Hellen Bodart

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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Carnaval !!!


 





Uma parábola sobre o papel da igreja durante o Carnaval

Epêneto era o presbítero responsável pela igreja em Roma, desde que Priscila e Áquila tiveram que deixar a cidade em busca de novos campos missionários. Epêneto foi um dos primeiros a se converterem através do trabalho realizado por Paulo nessa cidade.

Aquela igreja era muito ativa, sempre aberta a acolher as pessoas. Quando havia algum cataclismo, fome ou guerra, os cristãos se mobilizavam para socorrer as vítimas. Por causa de seu envolvimento com a dor humana, ganhou a simpatia de todos, inclusive de funcionários do palácio de César.

Num belo dia, ouviu-se o clangor do clarim. Todos se reuniram para ouvir o que o mensageiro do império tinha para anunciar. Em duas semanas, o exército romano estaria chegando de uma campanha militar bem-sucedida. O próprio César o receberia com uma Parada Triunfal, que seria seguida de um feriado prolongado dedicado aos deuses Marte e Saturno, também conhecidos como Apolo e Baco, divindades da guerra e do vinho, respectivamente. Seria uma grande festa, regada a bebidas alcoólicas e todo tipo de luxúria. A população sairia às ruas para assistir ao desfile das tropas romanas, dando-lhes boas-vindas, e assistiriam à execução de milhares de prisioneiros. Ninguém trabalharia naqueles dias.

Epêneto ficou preocupado com a notícia. Qual deveria ser o papel da igreja durante essa festa pagã? Ainda inexperiente como líder, reuniu alguns dos mais antigos membros da igreja para discutir o que fazer.

Um deles, chamado Narciso, pediu a palavra e deu sua sugestão:

- Amados no Senhor, por que não aproveitamos o ensejo para promover um desfile paralelo, onde demonstraremos ao mundo a nossa força, revelando a todos nossa lealdade ao Rei dos reis, Jesus Cristo? Podemos até copiar algumas de suas canções, adaptando-as à nossa fé. Em vez de exibirmos prisioneiros, exibiremos testemunhos daqueles que foram salvos. Vamos montar nosso próprio bloco, quer dizer, nossa própria parada triunfal. Pode ser uma grande oportunidade evangelística.

Epêneto, depois de algum tempo pensativo, respondeu: Caro Narciso, a idéia parece muito boa. Porém, quem ouviria nossa voz durante os momentos de folia? Nosso modesto bloco se perderia no meio de toda aquela devassidão. Ademais, a maioria das pessoas estará embriagada, incapaz de entender nossa mensagem. Também não estamos preocupados em dar uma demonstração de força. Jesus disse que nosso papel no mundo seria semelhante à de uma pitada de fermento, que de maneira discreta, sem chamar a atenção para si, vai levedando aos poucos toda a massa. Por isso, acho que sua idéia não é pertinente. Quem sabe em gerações futuras, haja quem a aproveite?


Levantou-se então Andrônico, que gozava de muito prestígio por ser parente de Paulo, e sugeriu:

- Amados, durante o Desfile Triunfal e as Saturnais, a situação espiritual da cidade ficará insuportável. Divindades pagãs serão invocadas, orgias serão promovidas em lugares públicos à luz do dia. Não convém que estejamos aqui durante essa festa da carne. A melhor coisa a fazer é nos retirarmos, buscarmos um refúgio fora da cidade, e aproveitamos esse tempo para nos congratularmos, sem nos expormos desnecessariamente às tentações da carne.

Todos acenaram com a cabeça, demonstrando terem gostado da idéia. Já que seria mesmo feriado, ninguém precisaria trabalhar. Um retiro parecia a melhor sugestão.


O velho presbítero ficou um tempo em silêncio, meditando. Todos estavam atônitos esperando sua palavra, quando mansamente respondeu:

- Irmãos, não nos esqueçamos de que somos o sal da terra e a luz do mundo. Se no momento de maior trevas nos retirarmos, o que será desta cidade? Por que a entregaríamos ao controle das hostes espirituais das trevas? Definitivamente, nosso lugar é aqui. Não Precisamos de exposição, como sugeriu nosso irmão Narciso, nem de fazer oposição à festa, retirando-nos da cidade, como sugeriu Andrônico. O que precisamos é estar à disposição para acolher aos necessitados, às vítimas da violência, aos desassistidos, aos marginalizados.
A propósito, não temos estado sempre disponíveis para atender as pessoas durante as tragédias que tem abatido o império? E o que seriam tais desfiles, senão tragédias morais e espirituais? Saiamos às ruas, mesmo sem participar da folia, e estendamo-los as mãos, em vez de apontar-lhes o dedo, oferecendo compaixão em vez de acusação, amor em vez de apatia. Que as casas que usamos para nos reunir estejam de portas abertas para receber quem quer que seja, e assim, revelaremos ao mundo Aquele a quem amamos e servimos. Afinal, o reino de Deus se manifesta sem alarde, sem confetes, sem barulho, mas perturbadoramente discreto.

Depois dessas sábias palavras, ninguém mais se atreveu a dar qualquer outra sugestão.


* Esta é apenas uma parábola que elaboramos para emitir nossa humilde opinião acerca do papel da igreja durante o período carnavalesco.